Informações sobre leptospirose, causas, sintomas, prevenção e tratamento da leptospirose, com dicas para diminuição da sua ocorrência.


Histórico da leptospirose

A leptospirose é conhecida desde Hipócrates, quem primeiro descreveu a icterícia infecciosa. Em 1800 no Cairo, a doença foi determinada e diferenciada de outras por Larrey, médico militar francês, que observou no exército napoleônico dois casos de icterícia infecciosa, sendo posteriormente mencionada por Weil em 1886, o qual descreveu uma doença caracterizada por icterícia, esplenomegalia e nefrite após observar quatro casos clínicos em pessoas em Heidelberg. Porém, foi a partir da Primeira Guerra Mundial que o estudo da leptospirose teve um grande desenvolvimento, quando se sucederam vários sur tos da moléstia entre as tropas que se encontravam nas frentes de batalha. Durante esse período, foram registrados 350 casos de doença na França.
Em 1915, o agente etiológico da leptospirose foi isolado pela primeira vez no Japão e em 1917, propôs-se a criação do género Leptospira, pelo fato da bactéria possuir forma espiralada.
No Brasil, infecções por Spirochaeta icterohaemorrhagiae foram descritas pela primeira vez em 1917, quando se constatou a presença do microorganismo em ratos. Em 1940, onze cães com manifestações clínicas compatíveis com leptospirose foram analisados e após a realização da necropsia, foi confirmada a presença do agente causador da leptospirose, na cidade do Rio de Janeiro.

Leptospirose é uma infecção zoonótica

A leptospirose é uma infecção zoonótica existente em todo o mundo, mas com uma muito maior incidência nas regiões tropicais, e agora tem sido identificada como uma das doenças infecciosas emergentes. A epidemiologia da leptospirose foi modificado por mudanças na criação de animais, clima e comportamento humano. A retoma do interesse pela leptospirose resultou de grandes surtos que receberam publicidade significativa. O desenvolvimento de ensaios simples e rápidos para o diagnóstico foi baseado em grande parte no reconhecimento de que o início precoce da terapia com antibióticos é importante na doença aguda, mas também a necessidade de ensaios que podem ser utilizados mais amplamente.